O Delírio de Um Poeta
Erivelto Reis
Por onde passei, ouvi mágoas.
Transformei-as: Belas!
Embora, muitas delas
Eu não pudesse compreender.
Por onde passei, ouvi gritos.
Histéricos, ridículos...
Que então, trouxeram
Aos meus sentidos,
A agonia de viver!
Por onde passei, deixei marcas,
Aos poucos, ofuscadas
Pela brilhante luz dos tempos!
Fui muito longe...
Estive em quase todos os lugares,
Em quase todos os momentos.
Fui a lágrima de um palhaço...
Do fim, fui eu o adeus!
Do lutador, fui o cansaço.
Do espelho, fui a imagem.
Do amor, fui a paixão.
Do amigo, o inimigo...
Do corpo, o coração!
Da vida, eu fui a morte.
Dos maus, eu fui o bem.
Do passado eu fui presente.
Do azar, eu fui a sorte.
E da ausência, eu fui ninguém...
Da noite, eu fui o medo.
Dos olhos, fui a retina.
Do ódio, eu fui o perdão...
Das drogas, fui cocaína!
Por onde passei,
Eu vi moças
Alegres e soltas,
Que de tão fúteis,
Sequer descobriram
A dor de não ter como ser!
Eu sempre segui meu caminho
Pisando em espinhos...
Vago à sombra da luz
Sem ter ninguém
Para me acompanhar,
Nem retirar as duras pedras
Da estrada...
Sei que vou morrer,
Por isso eu quero lhe dizer,
Que tentando ser tudo na vida...
(Hoje eu sei!)
Eu não fui nada pra você.
Erivelto Reis
Por onde passei, ouvi mágoas.
Transformei-as: Belas!
Embora, muitas delas
Eu não pudesse compreender.
Por onde passei, ouvi gritos.
Histéricos, ridículos...
Que então, trouxeram
Aos meus sentidos,
A agonia de viver!
Por onde passei, deixei marcas,
Aos poucos, ofuscadas
Pela brilhante luz dos tempos!
Fui muito longe...
Estive em quase todos os lugares,
Em quase todos os momentos.
Fui a lágrima de um palhaço...
Do fim, fui eu o adeus!
Do lutador, fui o cansaço.
Do espelho, fui a imagem.
Do amor, fui a paixão.
Do amigo, o inimigo...
Do corpo, o coração!
Da vida, eu fui a morte.
Dos maus, eu fui o bem.
Do passado eu fui presente.
Do azar, eu fui a sorte.
E da ausência, eu fui ninguém...
Da noite, eu fui o medo.
Dos olhos, fui a retina.
Do ódio, eu fui o perdão...
Das drogas, fui cocaína!
Por onde passei,
Eu vi moças
Alegres e soltas,
Que de tão fúteis,
Sequer descobriram
A dor de não ter como ser!
Eu sempre segui meu caminho
Pisando em espinhos...
Vago à sombra da luz
Sem ter ninguém
Para me acompanhar,
Nem retirar as duras pedras
Da estrada...
Sei que vou morrer,
Por isso eu quero lhe dizer,
Que tentando ser tudo na vida...
(Hoje eu sei!)
Eu não fui nada pra você.
É assim que se vive palavras....
ResponderExcluirbrincando com as grandes fortalezas dentro de nós.
Adorei o poema
glaucilene - aluna feuc - sextas manhã