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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Poema: Açude - Erivelto Reis

AÇUDE
Erivelto Reis

Açude é ilha
Desterrada.
Vale, nada…
Espaço inundado
Por suposta nuvem decadente.
Açude,  no fim, é lama, limo, lodo
No fundo,  todo, ilude

Feito qualquer tipo de açude.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Poema: A memória das plantas - Erivelto Reis

A memória das plantas

Erivelto Reis

O dia e a noite ensinam
Que as plantas têm memória…
A sombra da tarde,
– A clorofila das folhas,
A seiva que escorre manchando de letras o papel:
Passado e futuro do vegetal existir.
O alvorecer e o escorrer do orvalho,
O balançar dos galhos
Que lembra a brisa suave:         
(Movimento combinado
Do orgânico, botânico,
Telúrico recordado).
Forma e função na memória
Dos atos.
Literatura é muito disso:
Fotossíntese das palavras e silêncios da alma…
Ou quase, ou mais que isso.
Agora não me recordo.
A semente
É a reencarnação das plantas
Metafísica memória
A cor das flores é memória
De cada estação…
De como
E quando quase tudo floresce!
A humanidade também tem memória
 – Seletiva –, do mal que sempre lembra
E do bem que é feito,
Do qual, de vez em quando,

Esquece.