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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

domingo, 14 de junho de 2015

Poema: Uma lição de botânica - Erivelto Reis

UMA LIÇÃO DE BOTÂNICA
Erivelto Reis


Entendo, talvez, a rosa,
Que propaga a pétala
Como o ápice de sua existência.
Entendo, talvez, que o espinho
Seja seu companheiro imposto
Ou que esta o escolha, desde que
A agudez do seu poder
Não seja usado contra ela ou contra os que a admiram,
Conforme ela determine a ele.
Entendo, talvez, que o espinho esteja
Relegado ao plano de ser espinho enquanto
Acompanhe a rosa.
E, fora disso, seja reles, vil...
Entendo, mas não aceito
Que haja no espinho, antes de protegê-la,
Pretensão de envergonhá-la!
O espinho ama a rosa:
Entende-a, respeita-a...
Mereceu estar ao seu lado.
Não é como os demais que
Querem possuí-la ou,
Num argumento infantil e tolo,
Apenas olhá-la.

Entendo, talvez, a rosa...

domingo, 7 de junho de 2015

POEMA AO PIBID/FIC - Erivelto Reis

POEMA AO PIBID/FIC
Erivelto Reis
Eu quereria, em criança,
Que os bolsistas PIBID/FIC
Tivessem ido à minha escola.
Quereria ter lido com eles
A emoção de entender as primeiras
Histórias.
Que eles tivessem feito, como fazem agora,
A minha imaginação infanto-juvenil decolar,
Através da arte e da Literatura,
E a minha emoção rolar a partir dos sentimentos
Que sempre estiveram em mim,
E que eles fizessem aflorar.
Quereria vê-los ao lado de meus
Professores e professoras,
Acreditando em mim,
Incentivando-me,
Protegendo-me das coisas feias do mundo.
Quereria isso em meu passado,
Desejo isso para o futuro dos jovens,
Dos adultos e, sobretudo, das crianças.
Educadores, de mãos dadas, comprometidos:
Mais do que alfabetizando,
Ou cobrando a leitura da lição,
Mediando a viagem através da Literatura,
Espalhando amor,
Abraçando com candura,
Vencendo as dificuldades com profissionalismo
E perseverança...
Na prática social, merecedora de reverência,
Aqui definida num conceito subjetivo,
Mas no qual eu acredito:
Letrar é semear a esperança.
Letrar é multiplicar afetos,
Letrar é ler a poesia da alma.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Poema: Vista - Erivelto Reis

VISTA
Erivelto Reis
Para Primitivo Paes
Não perdi você de vista
E sei que nunca vou perder.
Convivo com sua memória
Com uma saudade constante.
Lembro-me de seu aniversário,
Do seu sorriso, de onde íamos,
Do que falávamos.
Eu não perdi você um só instante:
Leio sua distância,
Sinto sua presença!
Dizem, os que não conhecem,
Afirmo, porque eu sei:
É amor que dói, não é tristeza...
Tristeza lateja, cicatriza e marca,
Quando a vida lacrimeja.
Amor transporta, transfere-se,
Recria, regenera e salva.
Amor é a chave da casa,
Mesmo se esta parecer ruína.
É o rumo da estrada,
É a rima...
É a nota de uma canção que nunca termina.
Essa é a razão que eu tenho
Pra não ser pessimista!
É assim que me sinto:
Eu sei que nunca vou perder
Você de vista.